quarta-feira, 6 de maio de 2015

MALBA TAHAN... O HOMEM QUE DESCOMPLICAVA

MALBA TAHAN... O HOMEM QUE DESCOMPLICAVA


Numa noite dessas, em um oásis de um deserto de uma região de um país árabe, sob um céu emoldurado de estrelas cintilantes, uma caravana ali se detém para o pernoite. Sob à luz de uma fogueira, temos em sua volta um grupo de tuaregues, os homens do deserto, que à exceção de um deles, estão sentados e atentos à escutar o companheiro que permanece de pé, o narrador de lendas, e que começa a falar:

_Alá é o Deus todo poderoso e Maomé é o seu profeta! Meus irmãos... e para mostrar o quanto o poder de Alá é grande... vou lhes contar o que aconteceu numa terra, longe daqui, chamada Brasil! Sim... o Brasil de Pelé, Garrincha, César lattes, Maria Esther Bueno, Airton Sena, Lula... e o venerado herói lembrado a cada dia seis de maio... o Malba Tahan!


-Espere irmão! Malba Tahan?
-Nunca ouvi falar dele!
-Um patrício nosso?
-Um moleiro de malba (**)?
-Como foi, parar no Brasil?
-Herói brasileiro?
-Como assim?
-Eu explico, meus irmãos! O Malba Tahan (el-hadj cherif Ali Iezid Izz-Eduim Ibn Salim Hank Malba Tahan) era o pseudônimo do matemático brasileiro Júlio César de Mello e Souza. Vejam só , como são os desígnios de Alá, que eterniza a lembrança daqueles que agem e se impõe não pelo uso da força e sim... com a sabedoria! Esse “moleiro de malba” que não era árabe, aliás, ele nunca andou por nossas terras, nasceu em 06/05/1895 no Brasil, no Rio de Janeiro e depois passando a sua infância na cidade de Queluz, na companhia dos pais, ambos professores e bem perto do rio Paraíba do Sul no estado de são Paulo. Desde pequeno demonstrava o seu interesse pelas ciências e entre elas via-se que a Matemática era a sua ciência preferida embora a Astronomia lhe cativasse também. Tinha também grande poder imaginativo, escrevia com caligrafia caprichada e produzia já nessa época o jornal O Erre,ferrenho concorrente do jornal O Mez, que era editado pelo seu irmão mais velho, chamado Rubens. E talvez por isso , conseguia escrever contos e poemas com facilidade.
Mais tarde, já adulto, formando-se em engenharia pela Escola Politécnica Nacional, profissão essa que nunca exerceu, pois a paixão pelos números e pelos livros, levou-o primeiramente a trabalhar na Biblioteca Nacional, logo em seguida, Colégio Pedro II (onde já fora aluno)... e mais tarde na Escola Politécnica, como professor de Matemática. Unindo esses seus talentos, de matemático e de escritor, e como teorizava que... quem complica a matemática não gosta dela, é um sádico que se diverte vendo os alunos sofrerem, já em 1932 procurou as editoras para fazer a publicação de seus livros. Foi aí, que diante da recusa dos editores em atendê-lo e entendendo que o fato se devia por preconceito, em ser ele um escritor brasileiro, foi assim que recebendo a iluminação de Alá, só pode ter sido isso, criou o pseudônimo de Malba Tahan, um grande contador de histórias das terras árabes que viveu em Meca, filho de um próspero vendedor de vinhos. Curioso em conhecer outras culturas e costumes, depois de viajar e visitar vários países, passou a residir no Brasil. Foi o bastante para que a situação fosse revertida e agora eram eles, os editores, que corriam atrás dos escritos do Malba Tahan, pois eram por demais procurados pelos leitores e tinha no livro... O homem que calculava, sua mais espetacular obra literária, onde ele conta as histórias que herdara de Beremiz Samir, um sábio e calculista, em simplificar os mistérios dos cálculos e se fazendo entender até pelos beduínos iletrados.

E Alá, lhe era tão benevolente, pois aprovava a sua missão em desmitificar as complicações da Matemática transformando-a em uma Boatemática, que ele se transformou em um autor produtivo, que levantava cedo às 4 horas da manhã, “o horário mais fecundo”, dizia ele, para se criar obras literárias e falava: “ A inspiração emana da terra, entra pelos pés.” ! E assim , escreveu 117 livros.
Agora, passarei a falar, o que o Malba escreveu sobre os relatos feitos pelo calculista Beremiz, perambulando pelas nossas terras.

Deixemos que o contador de história beduíno, continue a prender a atenção das pessoas em sua volta, explicando como o sábio Beremiz, solucionava os problemas matemáticos mais difíceis, usando de criatividade, buscava as respostas com simplicidade, na realidade, quem fazia isso, era o Malba Tahan, ou melhor: o Júlio César de Mello e Souza.
Só em 1952 é que revelou sua identidade literária e acrescentou Malba Tahan ao seu verdadeiro nome de batismo.
Conferencista dos mais solicitados para eventos e defensor ferrenho, dessa metodologia de ensino matemático descomplicado pelo emprego do lúdico, mostrando que a Matemática pode ser abordada de forma divertida e curiosa, e assim é capaz de trazer a compreensão e o domínio dos conteúdos dessa ciência, principalmente para os mais jovens, revertendo aquela postura de rejeição e temor pelos Cálculos. E depois dele, verdade seja dita: gerações após gerações de leitores de seus 117 livros, traduzidos para diversos idiomas e com venda estimada de mais de 2 milhões de exemplares, teem se deliciado e sidos influenciados favoravelmente para os estudos matemáticos devido ao trabalho deixado por esse nosso... super-herói brasileiro!
No dia 18 de junho de 1974, aos 79 anos, morria na cidade do Recife, onde sentiu-se mal no decorrer de uma de suas disputadas conferências e mesmo aí, para não deixar de agir e surpreender, com a sua maneira de ser, no dia seguinte, os jornais, segundo uma nota escrita pelo próprio, em anos anteriores, estamparam a seguinte nota:“Malba Tahan morreu e pede, a todos, perdão pelas faltas, erros, ingratidões e injustiças. E também pede, pelo amor de Deus, que todos os crentes rezem por ele”.
Pelo projeto de lei de número: 3482-2004 a Comissão de Educação e Cultura, institui o 6 de maio como... Dia Nacional da Matemática lembrando a data de nascimento de Malba Tanhan, justa homenagem e a qual eu quero complementar em forma de versos.

Dedicado o 6 de maio, para as homenagens... por toda essa nação...
Malba Tahan, pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza, e eu selo...
Dia Nacional da Matemática em solo brasileiro, meu irmão!
Que se tornou tão herói nacional, como é agora … o César Cielo...
Pra vencer o preconceito do momento que, se fazia de então...
Ele fez-se passar por árabe, para poder publicar o livro, tão belo...
O homem que calculava” , a sua obra literária, lida de montão...
Era o começo de 117 outras nesse solo... verde-e-amarelo!

Gerações, após gerações, as quais que a Matemática só complicava...
Até que esse herói... nada! Super-herói! E por que Não?
Foi o divisor de águas, com o “Homem que calculava”,
Lecionando, desmitificando e dando a devida lição...
Sobre...como ensinar a Matemática, ciência que adorava...
Escrevendo livros e artigos. Não mudando nunca de opinião,
Conseguiu... “esse árabe brasileiro”, metodologia que acabava...
Com o ódio da Matemática espalhado por todo esse torrão!

Assim, o 6 de maio... matematicamente um dia que eu velo...
No Brasil, a data do nascimento de Malba Tahan...
Que era o Júlio César de Mello e Souza, que eu revelo...
Ter sido, ótimo matemático e escritor de mente sã!
Estejas aonde estiver, ao som de violino e/ou violoncelo...
Receba do “MATEMÁGICAS E NÚMEROS”, filiado à nave capitã
Chamada... UBM, liderando essa corrente de blogs e feito um elo...
Para que a sua missão continue e merecidamente nunca seja... vã!

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