quinta-feira, 19 de junho de 2014


Copa deve movimentar R$ 6,7 bilhões, diz ministério

Valor será movimentado por 3,7 milhões de turistas, diz governo.
Campeonato deve mobilizar cerca de 200 mil trabalhadores temporários


O Ministério do Turismo estima que 3,7 milhões de turistas movimentem R$ 6,7 bilhões no país e mobilizem cerca de 200 mil trabalhadores temporários durante a Copa.
Ainda de acordo com dados do governo, divulgados na segunda-feira (16), 3,6 bilhões de expectadores, quase metade da população mundial (aproximadamente 7,2 bilhões de pessoas), devem acompanhar pela TV, internet, celular e demais dispositivos eletrônicos o campeonato.

Os maiores gastos no país serão feitos pelos turistas estrangeiros que virão motivados pela Copa, diz.
Em média, devem assistir quatro jogos e a projeção é que gastem R$ 5.500 durante sua estada no país, já descontadas as despesas com passagens aéreas e valores gastos no país de origem. O número de visitantes foi calculado com base nas vendas de ingressos até a primeira semana de abril, revela o ministério.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/copa-deve-movimentar-r-67-bilhoes-diz-ministerio.html
Letícia Costa

Economia 'encolheu' 0,5% em abril, diz Serasa

Queda, frente ao mesmo mês de 2013, foi a 1ª desde outubro de 2009.
Indústria caiu 4,5%, e investimentos das empresas recuaram 10,2%.

A atividade econômica do país ficou 0,5% menor em abril na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (18) pela Serasa. Foi a primeira queda da atividade econômica, nesse tipo de comparação, desde outubro de 2009.

O recuo foi puxado pela indústria, que apresentou queda estimada em 4,5% frente a abril de 2013, na segunda queda seguida nesse tipo de comparação (em março, a baixa foi de 1%). A Serasa aponta que houve crescimento de 1,9% na agropecuária, e de 0,8% nos serviços.
Pelo lado da demanda, a piora veio dos investimentos das empresas, que caíram 10,2%, O consumo das famílias mostrou recuperação, com alta de 2,1%, enquanto os gastos do governo cresceram 0,5%.
Frente a março, o indicador de atividade econômica mostrou alta de 0,3%, recuperando parte da perda vista em março, de 2%. No acumulado do ano, a alta ficou em 1,3% – abaixo do crescimento de 1,9% mostrado no mês anterior.
Segundo os economistas da Serasa, o fraco desempenho da economia em abril reflete as taxas de juros e inflação elevadas, a redução dos níveis de confiança de empresários e consumidores e o aumento das incertezas com a proximidade das eleições presidenciais.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/economia-encolheu-05-em-abril-diz-serasa.html
Letícia Costa
Mantega anuncia pacote para estimular competitividade da indústria

Produção industrial cai nos primeiros meses de 2014 e afeta o emprego.
Entre as medidas estão crédito mais barato e devolução de impostos.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (18) um pacote de bondades para a indústria, após reunião com empresários e a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Entre as medidas estão a manutenção do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que significa crédito mais barato para investimentos, além do retorno do Reintegra, que devolve impostos para exportadores de manufaturados, e até mesmo a redução da exigência para parcelar os tributos devidos à União.
A indústria brasileira tem patinado nestes primeiros meses de 2014. No acumulado de janeiro a abril, a produção assinala perdas de 1,2%, na comparação com os quatro primeiros meses do ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB industrial caiu 0,8% no 1º trimestre, influenciado pela queda na construção civil, de 2,3%, e da indústria de transformação, que também teve baixa, de 0,8%. Com a economia desacelerada e baixa demanda, a indústria paulista está cortando postos de trabalho.
"O objetivo é dar condições de competitividade para a indústria brasileira. Estamos no limiar de um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira, dissipando a crise internacional e nos preparar para o novo ciclo de expansão da economia brasileira. Queremos que a indústria esteja preparada e seja competitiva, seja na exportação seja na produção doméstica", declarou Mantega. E acrescentou: "não se surpreendam se houver novas medidas".
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, afirmou que as medidas foram "muito bem recebidas" pelos empresários. "Não acho que as medidas tenham sido tímidas. Trouxemos as medidas em maio [em reuniões anteriores] como sendo importantes para que a indústria volte a investir. Falta muita coisa ainda, mas a gente espera que as próximas medidas venham no prazo curto", disse.
Retorno do Reintegra
Mantega lembrou que o Reintegra, uma das principais medidas do Brasil Maior, devolvia aos empresários 3% do valor exportado em produtos manufaturados por meio de créditos do PIS e Cofins. Em funcionamento até o fim do ano passado, o programa deve voltar neste ano, assim que for enviada uma Medida Provisória ao Congresso Nacional, mas com um percentual bem menor de retorno dos impostos: apenas 0,3%.
"Os empresários pediram para restabelecer o Reintegra, que devolve para o exportador tributos que ele pagou. O programa está sendo recriado, porém com uma faixa de recursos, uma tarifa que vai vigorar de 0,1% a 3% do faturamento. Vai ser um programa permanente. Vai começar a vigorar desde a aprovação da MP. Neste ano, ele vigora com 0,3%. Começa com este percentual porque neste ano não temos recursos para pagar este tipo de subsídio. Outros setores estão reivindicando", disse o ministro da Fazenda.
Segundo ele, o percentual de retorno do Reintegra, que será fixado anualmente, tem a ver com o patamar do câmbio. "Quando o câmbio está valorizado [dólar baixo], tem de fazer o Reintegra para baratear o custo [da exportação]. Em 2012 e 2013, houve desvalorização do câmbio [dólar subiu] beneficiando o exportador [pois seus produtos ficaram mais baratos no exterior]. Então achamos, que não era necessário. Em alguns momentos, pode ser necessário e em outros não. Vai ser permanente com alíquota móvel para ser ativado quando for necessário", explicou Mantega.
Programa de Sustentação do Investimento
Além disso, Mantega também confirmou que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), implementado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), valerá também 2015. Até o momento, a previsão da equipe econômica era que o programa terminasse no fim deste ano. Por meio do PSI, as empresas obtêm empréstimos no BNDES para investimentos produtivos com juros baixos, subsidiados pela Secretaria do Tesouro Nacional.
"Não falamos em valores [para o PSI em 2015]. Neste ano, é de R$ 80 bilhões [em empréstimos para o setor produtivo]. Não fixamos ainda o valor para o próximo ano. Provavelmente será similar [ao de 2014]. Não está definido o valor. Vamos ter de fazer uma MP, mais para o fim do ano, estabelecendo o valor e taxas de juros. As taxas de juros não forma definidas ainda [para o próximo ano]", declarou ele.
O governo também anunciou que será criado, para modernização do parque fabril brasileiro, o PSI-Leasing - que será um financiamento para aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional para operações de arrendamento mercantil (leasing). O programa terá condições semelhantes às demais linhas de crédito do PSI.
Mudança na entrada do Refis da Crise
Outra medida anunciada pelo ministro da Fazenda, fruto do pedido dos empresários, é a mudança do valor da entrada do Refis da Crise - programa de parcelamento de débitos de empresas com a União, para impostos com vencimento até o fim do ano passado. Pela regra atual, já aprovada pelo Congresso Nacional, o pagamento inicial é de 10% do total da dívida para débitos de até R$ 1 milhão, e de 20% para débitos acima deste valor.
Com as novas regras, que serão implementadas também por meio de Medida Provisória a ser enviada ao Congresso Nacional, a entrada será de 5% para dívidas de até R$ 1 milhão; de 10% para débitos de R$ 1 milhão a R$ 10 milhões; de 15% para dívidas de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões; e de 20% para débitos acima de R$ 20 milhões.
"Reformatamos para que mais empresas possam fazer uso do Refis. Haverá uma nova MP.
Enquanto não for aprovada a segunda, vale esta [MP 638, que já passou pelo Congresso Nacional]", declarou o ministro da Fazenda. Segundo ele, a expectativa de arrecadação com o Refis, neste ano, caiu de R$ 12,5 bilhões para cerca de R$ 12 bilhões. Os débitos poderão ser parcelados em até 180 meses e a adesão é até o fim de agosto.
Compras governamentais e conteúdo local
O ministro Mantega também anunciou mudanças nas regras da chamada "margem de preferência" para empresas brasileiras nas compras governamentais. Por este mecanismo, as empresas nacionais podem vender mais caro em compras do governo e, mesmo assim, ganhar o processo.
Ele lembrou que, pelas regras atuais, a margem de preferência varia de setor para setor e depende de uma investigação feita pelo governo federal. Com as novas regras, a margem será única de 25%. Deste modo, uma empresa nacional poderá vender seu produto até 25% mais caro e ser vencedora de um processo de compras do governo.
"É similar ao 'Buy American Act', implementado pelos Estados Unidos. Vale a partir da Medida Provisória ser publicada. Daqui para frente, todas as concorrências já têm essa regra", declarou o ministro, acrescentando que ela valerá até 2020.
Segundo ele, outra regra para beneficiar a indústria local é a exigência de conteúdo nacional em empresas financiadas por bancos públicos, entre eles o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mantega lembrou que essa exigência já existia, mas explicou que nem sempre era cumprida.
"Obrigamos cada setor, por exemplo, petróleo e gas, com componentes da industria nacional. É bom para estimular a indústria doméstica, mas nem sempre isso é cumprido. Às vezes, exigem maneiras de burlar o conteúdo nacional. É proibido financiar um bem importado pelo BNDES. Tem que ser nacional. Vamos criar uma comissão para reforçar a fiscalização de conteúdo local. É muito importante para o setor empresarial", afirmou ele.
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/reintegra-volta-psi-segue-em-2015-e-refis-tera-entrada-menor-diz-mantega.html
Letícia Costa

Argentina anuncia que não pagará próxima parcela da dívida

Ministério da Economia diz que decisão judicial dos EUA é empecilho.
Corte ordenou que Argentina pague US$ 1,3 bilhão a fundos especulativos.

O ministério da Economia da Argentina anunciou na quarta-feira (18) que não poderá pagar a próxima parcela da sua dívida reestruturada, prevista para 30 de junho. Com isso, na prática, o país dará um novo calote em parte de seus credores (investidores que compraram papéis da dívida do país).
O novo imbróglio argentino remonta ao início desde século. Em 2001, em meio a uma grave crise econômica e política, a Argentina anunciou um calote em sua dívida pública, que era de cerca de US$ 100 bilhões.
Quatro anos depois, no governo Nestor Kirchner, o país tentou recuperar a credibilidade oferecendo a quem tinha sido prejudicado pelo calote pagamentos com descontos acima de 70%. Mais de 90% dos credores aceitaram a proposta e vêm recebendo esses pagamentos em parcelas (a dívida reestruturada). Os que não aceitaram, no entanto, recorreram a tribunais internacionais.
Em 2012, um dos casos, movido por fundos especulativos, recebeu uma decisão favorável da Justiça dos Estados Unidos, que determinou que a Argentina deveria pagar US$ 1,33 bilhão aos fundos. O governo argentino recorreu, e o caso chegou à Suprema Corte dos EUA, que decidiu manter a condenação, derrubando uma medida cautelar que suspendia os efeitos da determinação judicial anterior.
"A suspensão do 'stay' (medida cautelar) por parte da justiça impossibilita o pagamento em Nova York da próxima parcela da dívida reestruturada [as parcelas pagas aos credores que aceitaram o desconto] e revela a ausência de vontade de negociação em condições distintas às obtidas na sentença ditada pelo juiz Griesa", disse o ministério da Economia argentino.
A nota lamentou a decisão que ordena a execução da sentença do juiz Thomas Griesa, que deliberou a favor dos fundos especulativos, conhecidos como "Abutres", na Argentina.
O comunicado reafirma "a disposição da Argentina de pagar os credores da dívida reestruturada, aos quais sempre tem oferecido as mesmas condições, de acordo com a lei do país".
Na audiência de quarta-feira, advogados da Argentina comunicaram à Corte que uma delegação viajará a Nova York na próxima semana para tentar negociar com os fundos. "Estamos preparados para sentar (em negociação) com eles", afirmou Robert Cohen, que representa a NML.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, disse na segunda-feira que seu país não voltará a declarar moratória, mas ressaltou, contudo, que a Argentina "não será submetida à  biextorsão".
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/argentina-anuncia-que-nao-pagara-proxima-parcela-da-divida-20140619002506163644.html
Letícia Costa

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Mudanças no Programa "Pagamento de juros sobre fundos excedentes"

A empresa RoboForex avisa que devido a mudanças nas exigências regulamentares será suspenso a partir de 01/06/2014 os juros mensais por ano para os fundos excedentes dos clientes. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente.
Fonte:http://www.roboforex.pt/about/news/close-ir/248/
Fabio Silva
Índice DJIA "Dow Jones"
 
Волновой анализ на 11 июня 2014 Индекс DJIA "Доу-Джонс"

O índice Dow Jones continua a se corrigir próximo aos máximos históricos. Em atividade continuam três transações de compra com stop em lucro. Tudo indica que o mercado continuará a sua subida e que novos valores recordes do índice poderão ser estabelecidos ainda na quarta-feira.

Волновой анализ на 11 июня 2014 Индекс DJIA "Доу-Джонс"

Como vemos na marcação do gráfico H1 está em desenvolvimento o alongamento na onda 3. No nível secundário começa o aumento no âmbito da quinta e em breve o máximo será rompido ainda durante o dia. Planejo mover stop de acordo com o movimento do mercado.
 
Futuros Crude Oil "Petróleo"
 
Волновой анализ фьючерса Crude Oil "Нефть" на 11 июня 2014

A continuação do aumento é possível ainda no petróleo. É possível que esteja em formação o impulso de alta na onda C. Em atividade ainda mantenho um long, e depois do rompimento do máximo eu planejo transferir stop nessa transação para o ponto de equilíbrio.
 
Волновой анализ фьючерса Crude Oil "Нефть" на 11 июня 2014

Marcação mais detalhada é exibida no gráfico H1. No âmbito da onda foi concluída a quarta e em curto prazo é possível a continuação do aumento na quinta onda. E tão logo ela seja concluída surge a questão sobre a formação da reversão.

Fonte:http://www.roboforex.pt/analytics/forex-forecast/wave-analysis/wave-06112014-1/
Fabio Silva

terça-feira, 10 de junho de 2014

IGP-M mostra deflação no início de junho, diz FGV.


O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como inflação do aluguel, porque é usado para reajustar a maioria dos contratos de locação, seguiu a tendência de maio e registrou queda de 0,64%. Em relação ao mesmo período de maio, a variação foi de 0,06%. No ano, o indicador acumula alta de 2,56% e, em 12 meses, de 6,35%.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Três índices sobre variação dos preços, que analisam a situação na indústria, construção civil, agricultura, comércio varejista e serviços prestados às famílias, são usados no cálculo do IGP-M.
Um deles é o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que calcula os preços no atacado e tem o maior peso sobre o IGP-M. Ele registrou variação negativa de 1,32% na primeira semana de junho. No mesmo período do mês de maio, o índice variou -0,28%.
Com peso menor no IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede os preços no varejo, variou 0,14% na primeira prévia de junho, depois de avançar 0,64%. A maioria das classes de despesa apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, com a maior contribuição partindo do grupo alimentação (de 0,73% para -0,26%).
Também foi divulgado o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que calcula os preços nesse setor e integra o cálculo do IGP-M. Na primeira semana de junho, a taxa de variação de 1,91%, acima do resultado do mês anterior, de 0,92%.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/igp-m-mostra-deflacao-no-inicio-de-junho-diz-fgv.html
Aluna: Mirna Maria Barbosa Sarmento.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Índice de reciclagem de vidro ultrapassa 70% na União Europeia

Índice de reciclagem de vidro ultrapassa 70% na União EuropeiaNúmeros mais recentes da indústria da União Europeia mostram que os índices médios de reciclagem de vidro já ultrapassam atualmente 70%.
Em 2012, mais de 25 bilhões de garrafas e frascos foram coletados em toda a União Europeia para reciclagem. A economia feita em recursos brutos poderia construir duas pirâmides egípcias.
O consumo de produtos em vidro e o processo de reciclagem cresce a cada ano nos países inclusos neste bloco. Desde 1990, as taxas de reciclagem de vidro aumentaram em 131%.
Cerca de 189 milhões de toneladas de matérias-primas foram protegidas e 138 milhões de toneladas de resíduos não foram para aterros graças à reciclagem. Como resultado, há uma grande redução no impacto ambiental, com menor uso de matérias-primas, CO2 e  energia.
“A reciclagem faz todo sentido para nós. Há 40 anos já colocávamos em prática esquemas de coleta de vidro, alertando as pessoas a tratar garrafas e frascos de vidro como um recurso precioso para a nossa indústria”, disse Stefan Jaenecke, presidente da FEVE (The European Container Glass Federation)
Para Filip Kaczmarek, membro do Parlamento Europeu, a reciclagem precisa de uma legislação que reconheça e incentive esse tipo atividade. “Como formuladores de políticas precisamos preservar e apoiar tais modelos de negócios que aumentam o crescimento econômico, produzem bens de alto valor agregado e geram valor a partir das sobras, enquanto reduzem seu impacto ambiental” .
Marcos Antônio Andrade Santos
Fonte:http://www.abividro.org.br/noticias/indice-de-reciclagem-de-vidro-na-uniao-europeia-ultrapassa-70
A pesquisa em economia no Brasil: uma avaliação empírica dos conflitos entre quantidade e qualidade*
Como em várias outras atividades, a pesquisa em Economia internaliza um conflito entre qualidade e quantidade. Para avaliar tal conflito, este artigo documenta as publicações de 94 pesquisadores do CNPq e 1.209 pesquisadores de 54 centros americanos de referência em Economia (44 ortodoxos e 10 heterodoxos). Os dados mostram que, entre 1999 e 2004, a média de publicações internacionais dos pesquisadores do CNPq é extremamente pequena, quando comparada com a dos americanos com mesma orientação metodológica. Ainda assim, o número médio total das publicações dos pesquisadores no Brasil é estatisticamente maior, sugerindo um sacrifício de qualidade para aumentar o número de publicações.
Palavras-chave: Qualidade versus Quantidade de Pesquisa; Pesquisa em Economia no Brasil; Publicações no Brasil e no Exterior.
Códigos JEL: A11, D29, I29.


ABSTRACT
There is trade-off between quantity and quality in the process of doing research in Economics. To evaluate this trade-off, I document the publications of 94 researchers sponsored by the Brazilian governmental agency that provides funding for research (CNPq) and of 1209 researchers of 54 Economics departments in the U.S. The data show that, from 1999 to 2004, the average international publication of the CNPq researchers is very low. And yet, the average publication of these researchers is larger than the average publication of their U.S. peers, when the articles published in Brazil are taken into account. The results suggest that the CNPq researchers sacrifice quality to increase the number of publications.


fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402008000400005

Postado por: Tiago Barbosa dos Santos

Novas fábricas de vidro chegam ao Brasil


Entrada de novas empresas deve fazer do Brasil um dos grandes produtores mundiais de vidro

Setor vidreiro ganha duas novas fábricas de vidro para competir no mercado brasileiro. O grupo japonês AGC e a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP) são as duas novatas, que vão concorrer com as multinacionais Guardian e Cebrace, consolidadas há mais de duas décadas no Brasil.




O AGC é um dos maiores fornecedores de vidro do mundo, com atuação para construção civil, espelhos e automóveis. Sua fábrica brasileira está em final de montagem em Guaratinguetá (SP) e terá capacidade para produzir 600 toneladas de vidro por dia. O investimento da primeira fase de obras foi de R$ 1 bilhão.
Já a CBVP terá sua sede da fábrica em Goiana (PE), com previsão de 900 toneladas de produção diárias. Os investimentos nesta unidade já ultrapassam os R$ 800 milhões. O grupo planeja ainda outras duas unidades pelo Brasil, com atuação em vidros planos e vidros automotivos.
A chegada dos novos fabricantes se deve ao crescimento da demanda interna por vidros planos, vinda principalmente dos setores automobilístico e de construção civil. Segundo Lucien Belmonte, presidente da Abividro, a alta da tarifa de importação, implementada no fim do ano passado, vai ajudar a CBVP e a AGC a atenderem clientes que antes compravam de outros países.

Marcos Antônio Andrade Santos
Fonte:http://www.abividro.org.br/noticias/novas-fabricas-de-vidro-chegam-ao-brasil

Volume de empréstimo para casa própria em abril é o maior em 20 anos.


O volume de empréstimos para compra e construção de imóveis atingiu R$ 9,2 bilhões em abril. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), esse foi o melhor resultado para um mês de abril desde 1995, ou seja, nos últimos 20 anos.
Frente ao mesmo período do ano passado, foi registrado aumento de 10% e, em relação ao mês anterior, houve alta de 11%.

Nos primeiros quatro meses deste ano, foram financiados R$ 34,4 bilhões para aquisição e construção de imóveis, valor 20% maior do que em abril do ano anterior.Em 12 meses, até abril de 2014, o volume de empréstimos para compra e construção de imóveis com recursos das cadernetas de poupança no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) alcançou o montante de R$ 114,9 bilhões, valor 30% maior do que nos 12 meses anteriores.
Financiamento
Em abril, foram financiadas aquisições e construções de 43,7 mil imóveis, o que significa um crescimento de 7% sobre abril de 2013. Frente a março, a alta foi de 16%.

De janeiro a abril, foram financiados mais de 167 mil imóveis, volume 16% maior que em igual período de 2013. Nos últimos 12 meses, o número de financiamentos atingiu 553 mil imóveis, 20% acima das 459 mil unidades contratadas nos 12 meses imediatamente anteriores.
Fonte:http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/volume-de-emprestimo-para-casa-propria-em-abril-e-o-maior-em-20-anos.html
Aluno: Emanoel Sandro Mendes Da Silva.


Educação Financeira

1. Introdução à Educação Financeira

Olá! Esta parte do site é voltada para o tema “Educação Financeira”.
A Educação Financeira não consiste somente em aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro.
É muito mais que isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais imprevistos.
A famosa fábula da “Formiga e da Cigarra” exemplifica muito bem uma eterna questão que tentamos resolver diariamente: “Será melhor simplesmente aproveitar o dia de hoje ou nos preparar para o futuro”?
Traduzindo isto em um exemplo prático, suponha que você esteja passeando em um shopping e passa por uma loja com aquela roupa fantástica que você sempre sonhou. Você não tem mais dinheiro para o mês. O que você faz?
  • compra a roupa no cartão, em 3 vezes, afinal você merece. Nunca se sabe o dia de amanhã, mas ele vai ser melhor com esta roupa nova;
  • não compra naquele momento. Mas volta para casa e começa a planejar o que fazer para economizar e comprá-la daqui a 3 meses.
  • não compra naquele momento e nem depois. Afinal você tem outros objetivos mais importantes e prioritários que você deseja cumprir antes da compra da roupa.
Existe uma resposta correta? Não. Aliás, você pode escolher respostas diferentes de acordo com o momento da sua vida. O mais importante é que você escolha a sua resposta de modo consciente, que conheça as implicações de sua decisão e tenha uma atitude equilibrada. Isto é Educação Financeira.
É, parece fácil, mas não é. O nosso objetivo aqui é ajudá-lo a buscar este equilíbrio na sua vida financeira. Não desista, mas também não espere soluções rápidas ou milagrosas. Dê um passo a cada dia. Pode não parecer, mas no longo prazo você vai se surpreender com os resultados!

2. Estabelecendo Objetivos

A busca pela qualidade de vida no presente e no futuro envolve o estabelecimento de objetivos que podem ter valores e prazos diversos. Para algumas pessoas, este processo de definição de metas é algo que ocorre naturalmente, sem muita dificuldade.
Se este não é o seu caso, não se preocupe. Você faz parte da maioria! Mas isto não é desculpa para não tê-los. O seu objetivo pode ser fazer uma viagem no próximo ano, trocar de carro em 2 anos, comprar a casa própria em 10 anos ou simplesmente acabar com aquela dívida do cartão até o final do ano.
Provavelmente você irá constatar que possui muitos objetivos para poucos recursos. O passo seguinte é então priorizar os objetivos e, por fim, estabelecer metas de poupança. E sempre que você tiver que tomar uma decisão sobre “gastar ou não gastar”, pense no seu objetivo. Pense em como a sua decisão fará com que você fique mais perto ou mais longe da sua meta.
Para começar de uma maneira simples, estabeleça ao menos UM objetivo com relação ao seu dinheiro. Busque uma meta bem simples e de curto prazo, de modo que você consiga ver os resultados mais facilmente e vá ganhando confiança em si. Em pouco tempo você já estará buscando objetivos maiores e de longo prazo!
A educação financeira é uma ferramenta importante para a realização dos seus sonhos.

3. Conhecendo e controlando seus gastos

Você já teve aquela sensação que o seu salário simplesmente desapareceu, mas você não sabe como? Pois é, as pessoas geralmente sabem o quanto ganham, mas não sabem o quanto gastam. E muito menos aonde gastam.
Para mudar esta situação é necessário fazer um controle de despesas. Isto significa anotar diariamente cada despesa realizada e qual o meio de pagamento utilizado – dinheiro, cartão ou cheque. As despesas devem ser agrupadas em categorias – educação, alimentação, moradia, etc. – para que você possa realizar uma melhor análise. Feito isto, você poderá verificar as quantias gastas em cada categoria e então estabelecer um orçamento, um limite de gastos para cada categoria.
Caso você observe que suas despesas são superiores às receitas, você tem três opções:
  • aumentar as receitas;
  • diminuir as despesas;
  • e claro, a melhor das três, aumentar as receitas em conjunto com a diminuição de despesas.
O corte de gastos é algo doloroso de se fazer. Significa abrir mão, em muitos casos, daqueles pequenos prazeres que parecem fazer a vida valer mais a pena. Entretanto, este sacrifício de hoje será pequeno se comparado à alegria de conseguir alcançar o seu OBJETIVO. Esta é a base do pensamento da Educação Financeira!
Algumas ações como adiar a troca do carro, não comprar o último lançamento eletrônico, comparar preços de bens e serviços antes de adquiri-los podem significar reduções relevantes de despesas. Mas também não se esqueça dos gastos pequenos que parecem insignificantes, como aquele bombom diário depois do almoço ou a loteria semanal. Acumulados, eles podem se tornar os vilões do seu orçamento.
Acompanhe seus gastos com carinho. Você poderá perceber que em algumas categorias existem gastos excessivos. Ou então descobrir despesas desnecessárias, que poderiam ser adiadas. Acredite. Você vai se surpreender com os resultados!
Veja como organizar as contas do dia a dia.

4. Faça seu dinheiro trabalhar por você

O controle e corte dos gastos é uma atividade não tão prazerosa, mas quando realizada com disciplina ela permite que você ganhe um novo empregado, só seu. Isso mesmo, o seu dinheiro agora irá trabalhar por você!
Tendo receitas superiores às despesas, o passo seguinte é investir. Quanto mais você conseguir economizar e investir, mais rápido você conseguirá atingir suas metas. É claro que quanto mais dinheiro você tiver para investir, melhor. Mas outro fator fundamental que muitas vezes não levamos em consideração é o tempo de investimento. Ele funciona como uma mola propulsora para os seus ganhos. É como se você ganhasse um prêmio por manter o seu dinheiro investido por mais tempo.
Para se ter uma ideia, investindo R$ 250 por mês a uma taxa de juros de 0,5% ao mês, tem-se em 5 anos cerca de R$ 18 mil. E em 10 anos, este valor sobe para pouco mais de R$ 42 mil.
Agora se você conseguir economizar R$ 600 por mês, os valores poupados sobem para R$ 43 mil em 5 anos e quase R$ 102 mil em 10 anos!
Veja como a diferença aumenta à medida que o tempo passa:
Ed Financ - grafico
É claro que quanto antes você começar a investir melhor será. Mas se você ainda não começou, não pense que agora já é muito tarde. A verdade é que nunca é cedo ou tarde para começar, o mais importante é investir regularmente!
Outro fator relevante é a taxa de retorno de seu investimento. Obviamente, quanto maior, melhor. Mas lembre-se que usualmente retornos altos podem significar riscos elevados. Futuramente, quando você já tiver os conhecimentos básicos da Educação Financeira, iremos discutir a questão do retorno dos investimentos com maior profundidade.
Caso queira mais informações sobre investimentos, acesse o guia de investimentos.

5. Dívidas

Ter dívidas não é necessariamente algo ruim, desde que tenhamos condições de pagá-las. Mas para muitos, possuir uma casa ou um automóvel só se torna possível através de um financiamento. O que devemos fazer quando necessitamos nos endividar é pesquisar por financiamentos com juros mais baixos e com parcelas que não comprometam a renda familiar mensal.
Para aqueles que ainda não estão endividados e necessitam tomar dinheiro emprestado, faz-se necessário conhecer a capacidade de endividamento e para isso é preciso ter um bom controle financeiro. Este controle deve ser capaz de apontar o valor das parcelas que se consegue pagar mensalmente.
Será melhor ainda se tal controle ajudar a cortar gastos desnecessários de modo a providenciar dinheiro extra para quitar a dívida o quanto antes.
No caso daqueles que já possuem dívidas, ter um bom controle financeiro também facilita as coisas. Com ele é sempre possível descobrir fontes de recursos extras através de cortes de despesas não essenciais. Este dinheiro adicional pode então ser usado no pagamento de parte da dívida, o que acarretará em menores despesas de juros e, consequentemente, mais dinheiro no futuro para outros objetivos.
E lembre-se: é essencial que você controle suas dívidas. E nunca deixar que suas dívidas acabem por controlá-lo! Outra lição importantíssima da Educação Financeira!

6. Aposentadoria

Para a Educação Financeira, o conceito de aposentadoria não é aquele aonde se observa uma pessoa idosa desgastada depois de anos de trabalho. A aposentadoria pode chegar muito antes. A cena que preferimos ver é a de uma pessoa com espírito jovem fazendo as coisas que realmente gosta, seja curtindo a família, trabalhando em algo que lhe dê prazer ou viajando pelo mundo. Uma pessoa que possui segurança financeira e sente prazer em viver.
Muitas pessoas acreditam que isto é algo difícil demais para ser atingido. Realmente, não é algo que seja fácil, mas com disciplina e tomando as decisões financeiras corretas, isto é bastante possível.
Se você pretende se aposentar contando apenas com recursos do INSS ou então com recursos de algum fundo de pensão, há grandes chances de você acabar curtindo a vida apenas ao final dela. Para que a cena idealizada ocorra é preciso economizar recursos financeiros adicionais além das “oficiais”.
Isto significa que você deve procurar poupar sempre e o máximo que puder, sempre levando em conta o equilíbrio que deve existir entre a qualidade de vida presente e a futura.
Mas só poupar não basta. Saber investir também é um fator crítico para o seu objetivo. E isto não é uma tarefa fácil, pois as opções que nos são apresentadas são muitas. Elas não incluem somente planos de previdência privadas, mas também quaisquer formas de investimento que nos permitam aumentar nosso patrimônio.
E quais são as opções de investimento que eu devo escolher? Bom, a resposta irá depender do seu perfil de risco, da sua disciplina e também de uma boa pesquisa. E, claro, de uma análise destas opções.
Planos de previdência privada apresentam como principal vantagem o benefício fiscal. No caso do PGBL, pode-se abater até 12% do salário bruto da base de cálculo do imposto de renda.
Além disso, o imposto de renda somente será pago no resgate ou no pagamento dos benefícios. Alguns planos possuem seguro de vida embutido e há ainda a possibilidade de se optar pela tabela regressiva de alíquotas de imposto de renda.
Como desvantagens, eles cobram uma taxa de carregamento, além da taxa de administração do fundo onde o recurso da previdência está aplicado. Isto faz com que em alguns casos, o benefício fiscal passe a ser menor do que os custos do plano. Outra questão é que planos de previdência privada geralmente são desenhados para aposentadoria em idade “avançada”.
O que deve ser feito é uma combinação de investimentos. A previdência privada pode lhe garantir uma aposentadoria tradicional tranqüila. Mas a aposentadoria dos sonhos deve vir da acumulação de patrimônio que lhe permita ser independente.

7. Seguros

Nós brasileiros somos um povo otimista. Costumamos acreditar que nada de mal irá nos ocorrer e isso faz com que normalmente não nos preparemos para os imprevistos que a vida nos reserva. E estes imprevistos podem gerar danos irreversíveis ao nosso bem-estar, inclusive financeiro.
Apesar de muitas vezes ser difícil evitar que tais imprevistos ocorram, podemos nos proteger das conseqüências causadas por eles. Assim, contratar seguros é algo extremamente importante para preservar nossa qualidade de vida.
Podemos encontrar seguros para quase tudo: para nossos bens (seguro de carro, casa, etc.), para nosso bem-estar (seguro saúde, seguro de vida, seguro contra invalidez, etc.), entre outros.
Para definir quais seguros devemos possuir, precisamos usar a nossa Educação Financeira para identificar o que necessitamos em cada momento de nossa vida. Como exemplo, um seguro de vida se faz necessário quando não temos patrimônio suficiente para garantir o bem-estar de nossa família. Quando deixamos de ter pessoas que dependam de nossa renda ou o patrimônio acumulado é mais do que suficiente para garantir todas as nossas necessidades futuras, possuir um seguro de vida se faz menos necessário.

fonte:http://www.minhaseconomias.com.br/educacao-financeira

Postado por: Tiago Barbosa dos Santos


Economia brasileira cresce 0,2% no 1º trimestre de 2014, diz IBGE


A economia brasileira começou 2014 com uma expansão moderada ao registrar avanço de 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, com destaque para o desempenho da agropecuária. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,204 trilhão.
Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30).
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 1,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no 1º trimestre de 2014, a atividade doméstica cresceu 2,5%.
PIB dos países 1º trimestre 2014 (Foto: Editoria de Arte/G1)
A despesa de consumo das famílias, que vinha puxando o crescimento da economia nos últimos anos, recuou 0,1% frente ao último trimestre do ano passado – a primeira queda desde o terceiro trimestre de 2011.
“Mais de 60% do PIB vem do consumo das famílias, e a gente continuou a ter crescimento positivo dele em relação ao interanual, em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Mas, em relação ao trimestre anterior, foi praticamente estável. Houve um recuo pequeno de 0,1%, que a gente considera estabilidade”, diz Rebeca Palis, gerente das Contas Trimestrais do IBGE.
Para ela, o encolhimento dos gastos dos brasileiros não tem relação direta com a inflação e, sim, com a redução do crédito e o aumento dos juros. "Apesar dos salários reais terem crescido bastante, a gente viu que o crescimento do crédito específico para as famílias desacelerou nesse trimestre. A gente estava com crédito com mais de dois dígitos, de crescimento em termos nominais, e agora está com crescimento de 7,3%, que continua positivo, mesmo tirando a inflação, mas já é um crescimento modesto em relação ao que a gente viu nos períodos anteriores”, afirma.
Rebeca diz ainda que as taxas de juros mais altas são outro fator de desestímulo ao consumo. “Se a gente comparar a Selic [taxa básica de juros da economia] média, neste trimestre ficou em 10,4%, e no primeiro trimestre de 2013, ficou em 7,1%”, completa.
Variação do PIB por demanda (Foto: Arte/G1)
Queda nos investimentos
A formação bruta de capital fixo, que representa os investimentos, sofreu queda de 2,1% em relação ao trimestre anterior (o último de 2013), confirmando o pessimismo de analistas. O número é o mesmo na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo Rebeca Palis, do IBGE, no ano passado os investimentos contribuíram para o crescimento positivo do PIB, junto com o consumo das famílias. E, neste ano, três fatores fizeram com que os investimentos caíssem no primeiro trimestre: a redução das importações de bens de capital, a queda da produção interna de bens de capital e também da construção civil, especialmente na parte da infraestrutura (obras como as de construção de rodovias e geração de energia). "Vários setores que produzem bens de capital não tiveram desempenho muito positivo nesse primeiro trimestre”, explica. Os bens de capital são todos aqueles necessários à produção de outros itens, como máquinas e ferramentas.
A despesa da administração pública, que indica os gastos do governo, cresceu 0,7% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2013, esses gastos tiveram expansão maior, de 3,4%.
Ao contrário do que ocorreu na comparação trimestral, o consumo das famílias cresceu a uma taxa de 2,2%, a 42ª alta seguida nessa base de comparação, com influência para o aumento da renda.
Quanto ao setor externo, as exportações de bens e serviços caíram 3,3%, enquanto as importações cresceram 1,4% em relação ao quarto trimestre de 2013. Na comparação anual, aumentaram tanto as exportações quanto as importações – alta de 2,8% e 1,4%, respectivamente.
Agropecuária cresceu mais
Nos três primeiros meses do ano, a agropecuária cresceu 3,6%, depois de recuar 0,5% no quarto trimestre de 2013. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o avanço foi menor, de 2,8%. De janeiro a março do ano passado, o setor havia mostrado expansão de 3,2%. 
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Variação do PIB por setores (Foto: Arte/G1)
O setor de serviços também avançou, mas em um ritmo menor que o da agropecuária. Em relação ao quarto trimestre do ano anterior, o avanço foi de 0,4%. Nesse período, a atividade havia registrado alta de 0,7%. Já na comparação anual, o avanço foi bem maior, de 2%. No primeiro trimestre de 2013, a alta do setor fora de 0,3%.
Os serviços de intermediação financeira e seguros influenciaram positivamente o desempenho desse ramo da economia, ao crescer 1,2% frente ao trimestre anterior. Atividades imobiliárias e aluguel, transporte, armazenagem e correio também contribuíram. Por outro lado, a queda nos serviços de informação, de 5,2%, impediu que essa área da economia tivesse um resultado melhor. 
Já a atividade da indústria recuou 0,8%, influenciada pela queda na construção civil, de 2,3%, e da indústria de transformação, que também teve baixa, de 0,8%. Em relação ao mesmo período de 2013, a indústria o resultado da atividade fabril foi exatamente oposta: alta de 0,8%. No primeiro trimestre de 2013, o setor havia crescido 0,6% e, no quarto, recuado 0,2%.
Esses números se referem ao último trimestre do ano passado. Nesta divulgação, os dados já consideram a alteração da pesquisa de produção industrial, que incorporou novos produtos, como tablets e biodiesel, e perdeu outros. Com isso, a série composta a partir de 2010 do PIB foi recalculada.
Poupança
A taxa de poupança ficou em 12,7% no primeiro trimestre de 2014 (ante 13,7% no mesmo período de 2013). Já a taxa de investimento nos três primeiros meses deste ano foi de 17,7%, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (18,2%).
Expectativas
O resultado deste trimestre confirmou as expectativas dos analistas, que estimaram um crescimento do PIB próximo de zero. A previsão do IBC-Br, que pretende ser uma “prévia” do PIB, mostrou uma expansão de 0,29% na atividade nesses três primeiros meses.
Para o ano de 2014, a previsão de economistas do mercado financeiro é de alta de 1,63%, segundo o boletim mais recente divulgado pelo Banco Central. A expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é um pouco mais otimista, ficando entre 2,3% e 2,5%. Em 2013, a economia cresceu 2,5%, conforme revisão feita pelo IBGE nesta sexta-feira (30).
http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/05/economia-brasileira-cresce-02-no-1-trimestre-de-2014-diz-ibge.html
Asafe Torres

Brasil gasta com saúde pública metade do que
investem países como Alemanha e Canadá


A criação do SUS (Sistema Único de Saúde), em 1988, e o crescimento econômico não foram suficientes para ampliar os recursos da saúde no Brasil ao longo dos anos, segundo os especialistas consultados pelo R7. Os atuais gastos com a saúde pública no país ficam muito abaixo do que é investido por nações que também oferecem saúde gratuita, como Reino Unido, Alemanha, Canadá e Espanha.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil gastou 3,6% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a soma de todas as riquezas do país) com a saúde pública, em dados de 2008 – último balanço oficial contando Estados e municípios. O valor equivale a quase R$ 109 bilhões. De acordo com dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), 56% do que é investido em saúde no Brasil vem de recursos públicos.
Já os países citados investem ao menos 6% de seu PIB no setor público de saúde. Com isso, 60% a 70% do que é gasto com saúde é responsabilidade dos governos, segundo relatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde).
Perfil de gastos mudou pouco em anos
Segundo Aquilas Mendes, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), isso mostra que o Brasil, mesmo tendo mudado seu perfil econômico, ainda está longe de ter o status de desenvolvimento no setor da saúde.
- O Brasil gasta muito pouco com saúde pública. Em 2010, gastou 4% do PIB, uns R$ 127 bilhões. Nós teríamos que chegar a gastar mais 2% [do PIB] para nos igualarmos a esses países. Pelo menos tínhamos que investir mais R$ 83 bilhões.
Somando o setor privado (planos de saúde e gastos particulares), o total dos gastos com saúde no Brasil chega a 8,4% do PIB. No entanto, isso representa metade do índice investido pelos Estados Unidos (16%) e ainda abaixo da média dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) – que aplicam 9% de suas riquezas na área (veja mais no infográfico abaixo).
Para Marcos Bosi Ferraz, professor do departamento de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e presidente da CPES (Centro Paulista de Economia da Saúde), o gasto brasileiro mostra uma defasagem de décadas, por não ter sido muito alterado ao longo dos anos.
- Quando a gente compara o que esses países investem com o que a gente investe aqui, nós temos uma defasagem de 30 anos, relativamente. E quando a gente compara por números absolutos, em PIB per capita, aí nem se compara. Talvez nós estejamos com uma defasagem de 50 anos, e queremos ter tudo o que eles têm na área da saúde.
A desigualdade fica ainda mais gritante quando indicadores de saúde são comparados entre esses países, segundo Ferraz.
- Quando a gente olha indicadores de saúde, como mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer e mortalidade materna, por exemplo, os nossos indicadores de saúde são parecidos aos indicadores que esses países tinham na década de 60. O que mostra um pouco o nosso desafio, a carga de problemas aqui ainda é muito grande. 
Por que faltam investimentos?
Para Lígia Bahia, diretora da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), os poucos recursos são resultados da falta de clareza no que deve ser investido no setor.
- É importantíssimo ter recursos para a saúde. A maioria dos países já considera isso há muito tempo. Por isso que, na maioria, mais de 70% do gasto é público, não privado. Na Inglaterra e na França é mais de 80%. No Brasil isso não está claro para os governantes. Como se a gente pudesse ser um país de primeiro mundo sem saúde.
Para a diretora da Abrasco, não é a falta de dinheiro em si que causa essa desvantagem, mas a dificuldade de elencar prioridades nos gastos.
- Não estamos falando de dinheiro, mas de saúde. Quais são os indicadores de saúde que a gente quer alcançar? A gente é a oitava economia do mundo e a 78ª em mortalidade infantil.
Mendes faz coro à falta de prioridade em investimentos e atribui essa realidade à falta de prioridade política. Segundo ele, enquanto os gastos do governo com os juros da dívida pública custaram R$ 185 bilhões, os do Ministério da Saúde foram de R$ 65 bilhões no último ano.
- Isso tem a ver com a lógica de política econômica adotada desde a implantação do SUS em 1988. Desde lá a política econômica não foi alterada e ela não prioriza gasto social. É uma política de alta taxa de juros, de superávit, que leva ao corte de políticas sociais. A prioridade é sobretudo buscar a redução da inflação e do pagamento de juros da dívida.
fonte:http://noticias.r7.com/brasil/noticias/gasto-com-saude-publica-no-brasil-e-metade-do-usado-nos-paises-que-tem-esses-servicos-de-graca-20110921.html?s_cid=brasil-gasta-com-saude-publica-metade-do-que-investem-paises-como-alemanha-e-canada-brasil-r7_noticias_brasil_twitter

Camily Barbosa Sousa