sexta-feira, 25 de julho de 2014

24/07/2014 12h00 - Atualizado em 24/07/2014 12h00

FMI corta pela quinta vez previsão para crescimento do PIB brasileiro

Fundo projeta crescimento de 1,3% para economia brasileira em 2014.
Previsão para economia mundial também foi reduzida, de 3,7% para 3,4%.

A economia brasileira deve mesmo crescer pouco neste ano. Depois que o governo admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter alta menor que a vista em 2013, nesta quinta-feira (24) foi a vez do Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir – pela quinta vez seguida – a estimativa de expansão da economia em 2014.
Segundo relatório divulgado pelo Fundo, a estimativa é que o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas no país) cresça 1,3% neste ano. Em abril, a entidade previa uma alta de 1,9%. Quando divulgou suas primeiras previsões para o crescimento de 2014, em abril do ano passado, o FMI esperava uma expansão de 4%.
“No Brasil, as condições financeiras mais restritas e a contínua fraqueza na confiança dos negócios e dos consumidores estão retendo os investimentos e amortecendo o crescimento do consumo”, diz o FMI no relatório.
Para o governo brasileiro, o PIB deverá crescer 1,8% neste ano, taxa acima da prevista pelos economistas do mercado financeiro do país, de0,97%.
O Fundo mostrou menos otimismo também para 2015: a previsão para o crescimento brasileiro no próximo ano recuou de 2,6% para 2%.
Mundo
Mas o Brasil não está sozinho na piora das perspectivas. De todos os países que estão no relatório, apenas JapãoEspanhaAlemanha eReino Unido tiveram suas perspectivas revistas para cima em relação às estimativas feitas em abril. A previsão para o crescimento da economia mundial em 2014 também caiu, de 3,7% para 3,4%.
A redução na projeção para 2014 reflete a “herança” do mau desempenho no primeiro trimestre, particularmente nos Estados Unidos, que enfrentou um inverno muito duro, além de uma perspectiva menos otimista para vários mercados emergentes.
"O número principal, a revisão da previsão do crescimento mundial em 2014 de 3,7% em abril para 3,4% hoje, faz as coisas parecerem piores do que realmente estão", afirmou Olivier Blanchard, economista chefe do FMI. "Na maior parte, reflete algo que já aconteceu, especificamente o grande crescimento negativAs reduções nas perspectivas foram maiores para a Rússia e os Estados Unidos. Para os dois países, o FMI diminuiu a estimativa de crescimento em 2014 em 1,1 ponto percentual – de 2,8% para 1,7% no caso dos EUA, e de 1,3% para 0,2% no caso da Rússia.
"Nossa maior revisão para baixo (entre as economias em desenvolvimento), em relação às perspectivas de abril, é para a Rússia, onde revisamos o crescimento de 2014 de 1,3% para 0,2%, e de 2015 de 2,3% para 1%. Isso reflete principalmente a deterioração da confiança dos negócios, que foi agravada por tensões geopolíticas", afirmou Blanchard
O país asiático, por sinal, é o que deve apresentar o menor crescimento entre os integrantes doBrics, grupo de países emergentes que inclui o Brasil. Neste ano, FMI espera expansão de 5,4% no PIB da Índia, 7,4% na China e de 1,7% na África do Sul.o nos Estados Unidos no primeiro trimestre".
Marcos

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