sexta-feira, 18 de julho de 2014

Criação de emprego no mês da Copa cai 79,5%, mostra Caged 

Foram criadas 25.363 vagas em junho — o pior resultado para o mês dos últimos 16 anos

Funcionários limpam as cadeiras do Itaquerão antes da abertura da Copa, em São Paulo
Funcionários limpam as cadeiras do Itaquerão antes da abertura da Copa, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com)
Enquanto o Brasil era levado pela onda de festa trazida pela Copa do Mundo, o mercado de trabalho passava por mais um mês difícil. O país registrou abertura de apenas 25.363 vagas formais em junho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. O número é 79,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2013 e está abaixo da mediana das expectativas dos analistas consultados pela Reuters, que estimavam a criação de 82 mil vagas. Em maio, foram criados 58.836 postos com carteira assinada — o pior resultado para o período desde 1992. Já a cifra de junho é a pior para o mês dos últimos dezesseis anos, quando foram criados 18.097 empregos com carteira assinada. O saldo é resultado de 1.639.407 admissões e de 1.614.044 demissões.
No acumulado do ano, a criação líquida de empregos formais foi de 588.671 vagas, o pior resultado desde o primeiro semestre de 2009 e 29% abaixo do que foi registrado no mesmo período de 2013. A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. Após esse período, há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
A indústria de transformação respondeu pela maior quantidade de demissões líquidas em junho, com o fechamento de 28.553 vagas. Foi o terceiro mês consecutivo de desligamentos, segundo o Caged. Os doze segmentos industriais pesquisados demitiram. O pior resultado foi o da indústria de material para transportes, com 5.542 demissões, seguido pelas metalúrgicas (4.161) e mecânicas (3.957). Os três segmentos estão fortemente relacionados ao setor automotivo, que enfrenta contração, com queda de 33% na produção durante o mês de junho. Já as vendas de automóveis recuaram 17,23% no período.
O setor de construção civil também demitiu 12.401 trabalhadores em junho, enquanto o comércio apresentou saldo negativo de 7.070 vagas. Já a agricultura foi o setor que respondeu em pela maior geração de vagas no período, com 40.818 contratações. Em seguida, ficou o setor de serviços, com 31.143 postos de trabalhados gerados.



ALUNA: Ana Kelly Dantas Aguiar

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