Um dos principais papeis de um CEO - às vezes até mais do que elaborar o plano estratégico, realizar o marketing institucional, comercializar seu produto ou serviço, e descobrir novas fontes de recursos - é o de escolher a pessoa certa, para o lugar certo, na hora certa, e, principalmente, que trabalhe pela razão certa. Para mim, a escolha dessa pessoa, que pode fazer a diferença na sua empresa, é uma verdadeira arte. Porque que é uma arte? Acompanhe o texto a seguir
Toda contratação passa efetivamente por duas fases distintas. A primeira, que eu chamo de fase seletiva, apresenta um forte viés objetivo. Em outras palavras, entre dezenas ou centenas de candidatos, tenho que selecionar alguns finalistas que serão considerados para uma eventual contratação. Esta triagem ou “peneira” vai considerar vários fatores como: escolaridade, conhecimento de línguas, faixa etária, anos de experiência em uma área específica, cargos ocupados, passagem por empresas de um determinado setor, bagagem em multinacional ou não, vivência no exterior ou não, entre outros. Todas essas variáveis são efetivamente mensuráveis e podem ser utilizadas para se fazer análises absolutas ou relativas entre os candidatos. De uma forma prática e objetiva pode se comparar os profissionais e assim separar aqueles que vão prosseguir no processo seletivo. Por isto eu denomino esta etapa de fase objetiva. Esta é a parte mais fácil.
Muito bem, chegamos aos candidatos ditos “finalistas”. Ai vem a fase
decisória, ou seja, quando tenho que decidir qual é a pessoa a quem vou
efetivamente fazer a oferta de emprego. Esta fase de decisão, após as
entrevistas pessoais, tem um forte viés subjetivo e ai
entra fatores como feeling, química pessoal, a empatia, até coisas como
“bateu o santo”. Em outras palavras, o que tem peso nessa fase é
efetivamente o entrosamento, o sentimento, a intuição e outros elementos
não mensuráveis ou emocionais, ou seja, fatores pessoais e
particulares, portanto, subjetivos. Esta é a parte fina, portanto,
considero-a uma arte, pois requer sensibilidade e sensitividade.
Sim, existem variadas ferramentas, tais como testes psicotécnicos,
testes grafológicos, avaliações técnicas especializadas, levantamento de
referências, deliberação por consenso, etc. que ajudam no ranqueamento
ou na tomada da decisão para a contratação ou não de um determinado
profissional. Porém, ofereço ao leitor, neste momento crucial do
processo, as seguintes dicas, que para mim, um recrutador com mais de 30
anos de experiência como headhunter, utilizo tanto para minha própria
empresa como para os mais variados clientes que nos contratam para seus
processos de recrutamento e seleção. São na realidade três perguntas que
você fará para si próprio e não serão propriamente verbalizadas, a
saber:
1ª) Eu olho para o candidato finalista e faço a seguinte pergunta para mim mesmo – “Eu compraria o carro usado dessa pessoa?”. (Na
realidade eu nem sei se ele tem carro e nem estou precisando de um
carro, mas este questionamento me ajuda a avaliar se essa pessoa me
transmite credibilidade ou se eu pressinto que ele vai me vender gato
por lebre.)
2ª) Da mesma forma, olhando para este indivíduo sendo avaliado, eu me indago: “Eu traria essa pessoa para dentro do meu círculo íntimo?”. (Em
outras palavras, eu apresentaria essa pessoa a minha família e a meus
amigos mais próximos? Ou seja, eu poderia confidenciar a ela meus
sentimentos mais profundos e/ou segredos pessoais.)
3ª) Por fim, tento visualizar a seguinte situação: “Essa pessoa e eu
estamos dentro do elevador no 29º andar de um prédio, e na descida acaba
a força elétrica, e vamos ficar confinados nesse espaço minúsculo por
duas ou três horas. Nessa situação de estresse, eu ficaria tranquilamente ao lado dessa pessoa até sermos resgatados? Ou seria um `inferno´ depois dos primeiros 5 minutos?”
Muito bem, se suas respostas para essas três perguntas hipotéticas
forem todas positivas, ou seja, um “SIM!” consciente, então pode
contratar esse individuo com um elevado grau de segurança, pois as
chances de ele dar certo são bastante altas.
fonte:http://www.endeavor.org.br/artigos/gente-gestao/recrutamento/qual-a-melhor-forma-de-selecionar-entre-os-melhores-candidatos-finalistas
postado por: Tiago Barbosa dos Santos
fonte:http://www.endeavor.org.br/artigos/gente-gestao/recrutamento/qual-a-melhor-forma-de-selecionar-entre-os-melhores-candidatos-finalistas
postado por: Tiago Barbosa dos Santos
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