Você já sabe que tão importante quanto a decisão de acessar capital é a de que tipo de financiamento você quer ter para sua empresa. Uma opção é buscar créditos em bancos. Isso pode ser uma vantagem para quem não quer receber um novo sócio nesse momento, mas é uma alternativa que também exige uma boa dose de organização e planejamento. Para ajudar você nesse processo, siga as etapas sugeridas para acessar um banco, baseadas no Guia Como Crescer, feito pela EY.Etapa 1: Definir a estratégia e o conceito de crescimento (Duração média indefinida)
A primeira coisa é fazer o plano de crescimento e definir os conceitos
que conduzirão a operação a partir daí. Há, basicamente, dois moldes
para a captação de recursos: o project finance e o corporate finance.
No primeiro caso, a empresa busca recursos para financiar um projeto
específico. Nesse caso, o empréstimo será pago com a geração de caixa do
um projeto, que ainda não existe, e por isso é preciso fazer previsões
de fluxo de caixa o mais acuradas possível – o que mostrará quanto
poderá ser pago ao longo dos anos, deixando claro quanto poderá ser
tomado emprestado.
Quando se faz um corporate finance, a empresa toma recursos
para financiar a si mesma. Por isso, as garantias vêm de um fluxo de
caixa já existente e patrimônio acumulado, o que ajuda a comprovar um
risco menor para os donos do recurso.
Considere contratar assessores para ajudá-lo nesta etapa. Eles levam à empresa uma abordagem profissional para o processo de definição da estratégia.
Etapa 2: Estruturar o projeto (Duração média de 45 a 60 dias)
Esta é a etapa em que você deve definir a estratégia de captação. Isso
inclui a quantia necessária de recursos a ser pleiteada, listar as
garantias que a empresa tem para oferecer, definir o prazo, carência,
condições contratuais preliminares e conferir sua capacidade de honrar
as dívidas no longo prazo.
O pagamento do crédito vai caber na geração de fluxo de caixa prevista?
O endividamento será um problema? Se você perceber que há falhas no
negócio que não podem ser corrigidas no curto prazo, busque outra forma
de acessar capital, com fundos de investimento, por exemplo. Muitas
vezes, empresas de menor porte podem perceber que precisam, num primeiro
momento, obter recursos com investidores para, só depois, conseguir
construir as garantias que abrirão o caminho aos bancos.
Etapa 3: Abordar os agentes (Duração média de 30 a 60 dias)
Faça um mapeamento dos bancos que têm objetivos condizentes com o plano
da empresa – de acordo com setor, tipo de investimento e tipo de
empresa, por exemplo. Essa análise também indicará quais deles
apresentam as condições que se enquadram no projeto da empresa, como a
quantia disponível ao empréstimo, as exigências e garantias, as taxas e
os prazos. A partir daí, é preciso encontrá-los, apresentar o projeto e
aguardar as respostas.
Caso você não ache um número satisfatório de bancos interessados,
inverta a lógica: em vez de encontrar aquele que melhor se encaixa nos
planos da empresa, altere o projeto de forma a atender aos requisitos do
banco que sobrou. Ainda assim, existe o risco de não encontrar ninguém
interessado em financiar o projeto. Uma possível razão para isso é o
mercado estar de “mau humor” – nesse caso a solução é adiar o plano ou
buscar outras formas de captação, como com fundos de investimento. A
outra causa pode ser, simplesmente, que o projeto não cativou ninguém.
Quando isso acontece, é preciso voltar à etapa 2 e, ou redefinir o
projeto.
Etapa 4: Negociar as condições e fechar o contrato (Duração média de 180 a 240 dias)
Escolhido o banco, é hora de sentar à mesa para negociar as condições.
Nessa etapa, o assessor é fundamental, pois você precisa ter um
conhecimento profundo tanto da empresa quando de quais variáveis que os
bancos costumam inserir nos contratos. Nesse momento, não é uma questão
de apenas negociar taxas e prazos. É preciso discutir tudo o que limita a
retirada de caixa e tudo o que pode gerar incerteza quanto ao pagamento
do empréstimo. Essa lógica deve nortear toda a negociação.
Ainda assim, há algumas cláusulas específicas dos contratos que podem
ser flexibilizadas, quando é feita uma boa negociação. Por exemplo, para
a cláusula bastante frequente que proíbe que novas dívidas sejam
contraídas, o empreendedor pode pedir que, uma vez respeitadas todas as
condições e não desrespeitando nenhum dos covenants, tenha o
direito de buscar mais recursos. Assim, é preciso ler atentamente o
contrato para identificar se há cláusulas que é melhor não aceitar ou
tentar torná-las mais flexíveis.
Etapa 5: Acompanhamento das condições e dos resultados (Enquanto durar o empréstimo)
De tempos em tempos o banco vai pedir informações sobre as finanças da
empresa para saber se tudo anda conforme o ideal. Nesse caso, será
preciso ser transparente e se comunicar. Conforme o tempo passa e a
empresa mostra sua solidez, saúde financeira e compromisso com o
contrato, o relacionamento melhora, o que pode aumentar o leque de
benefícios no longo prazo.
fonte:http://www.endeavor.org.br/artigos/financas/acesso-a-capital/como-conseguir-credito-em-bancos-para-acelerar
Postado por: Tiago Barbosa dos Santos
fonte:http://www.endeavor.org.br/artigos/financas/acesso-a-capital/como-conseguir-credito-em-bancos-para-acelerar
Postado por: Tiago Barbosa dos Santos
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