Programa de redução de consumo de água em SP ajudou a conter inflação
Reservatório do sistema Cantareira enfrenta seca (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)
O programa que dá 30% de desconto na conta de água para quem reduzir em
20% o consumo, em São Paulo, ajudou a conter a inflação oficial de
maio. A informação foi confirmada pela coordenadora de Índice de Preços
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes,
na manhã desta sexta-feira (6). Por causa da variação negativa de
21,98% na taxa de água e esgoto na região de São Paulo, o item
apresentou queda de 5,25% na inflação do país, a segunda mais relevante
do mês.
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"São Paulo foi, nesse mês, uma região importante no sentido de conter a
taxa de inflação, porque a região metropolitana é responsável por 1,3%
da taxa do IPCA (inflação medida pelo IBGE), pela sua importância. E lá,
a taxa de água e esgoto, em termos de contas, foi beneficiada pelo
programa de incentivo à redução do consumo, que fez com que parte dos
consumidores reduzisse seu consumo e, com isso, adquirisse um bônus, o
que trouxe o resultado para baixo, influenciando o IPCA como um todo. Na
verdade, foi a segunda queda mais relevante no IPCA do mês, seguida das
passagens aéreas", disse Eulina.Economia de água
O Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água em São Paulo foi anunciado em fervereiro pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O objetivo foi incentivar a queda no consumo por causa da falta de chuva, que reduziu o nível das represas do sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento na região metropolitana. Hoje o desconto vale para 31 cidades.
O governo de São Paulo já prometeu que haverá multa para quem gastar mais do que de costume, estratégia criticada por advogados da área de defesa do consumidor.
Inflação perde força
Os preços relativos à alimentação subiram menos e os de transportes registram queda de abril para maio, pensando menos no bolso do consumidor e, assim, contribuindo para que a inflação oficial do país registrasse desaceleração nesse período. No mês passado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou 0,46%, a menor taxa desde setembro de 2013. Em abril, a variação foi de 0,67%.
No entanto, na análise das taxas acumuladas, houve aceleração em relação aos números de abril. De janeiro a maio, o IPCA tem alta de 3,33%, acima dos 2,88% do mês anterior. Em 12 meses, o avanço foi de 6,37%, superior ao anterior, de 6,28%. O resultado de maio mostra que a inflação oficial está um pouco abaixo do teto da meta do Banco Central para o ano, de 6,5%.
Dentro do grupo de alimentação e bebidas, cuja taxa passou de 1,19% para 0,58%, subiram menos os preços da farinha de mandioca, da batata inglesa e das hortaliças. Os alimentos consumidos em casa subiram em maio, mas numa velocidade menor que do mês anterior (de 1,52% em abril para 0,41%). Porém, para quem come fora, a conta ficou mais cara (de 0,57% para 0,91%). O tomate, considerado um vilão em 2013, voltou a subir. Depois de cair 1,94% em abril, o alimento ficou 10,52% mais caro, em maio.
fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/06/programa-de-reducao-de-consumo-de-agua-em-sp-impacta-ipca-diz-ibge.html
Postado por: Tiago Barbosa dos Santos
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