quinta-feira, 5 de junho de 2014

Técnico em Gestão em Saúde 

  • Imagine que uma unidade de saúde seja como um castelo de cartas. A última carta desse castelo é o atendimento, que será chamado de atividade-fim. As cartas que estão na base representam a infraestrutura da unidade, ou seja, para que se possa construir um castelo sólido não há como abrir mão de uma estrutura predial adequada. Afinal, rachaduras e infiltrações não rimam com bom atendimento. Na medida em que avançamos, encontramos cartas que tanto dependem de sustentação quanto sustentam. Essas são as atividades-meio de um serviço, que em uma unidade correspondem aos setores administrativos: recursos humanos, compras, financeiro, almoxarifado, entre outros. Embora muitas vezes passe desapercebido pelos usuários, o bom orquestramento dessas ações é indispensável para garantir o sucesso das atividades-fim. Neste texto, vamos conhecer melhor o trabalho de um dos profissionais cuja função é garantir a resolutividade desses processos: o técnico em gerência de saúde.

    Segundo o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos , o técnico em gerência de saúde tem como atribuições o planejamento, controle e avaliação da implementação de políticas públicas de saúde. Para isso é necessário que ele conheça bem as especificidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e esteja a par de todas as atividades que constituem a gestão em saúde. De acordo com Gilberto Estrela, coordenador do Laboratório de Educação Profissional em Gestão em Saúde (Labgestão) da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), o objetivo dessa formação é contribuir para que esse profissional alie competências administrativas a uma dimensão política. “Um bom técnico é aquele que, além de conhecer muito bem a sua função, também é capaz de entender a dinâmica de todas as atividades desenvolvidas na sua unidade”, afirma, exemplificando: “Se ele trabalha no setor de compras, deve saber quando fazer uma licitação ou não, controlar o que está em falta, otimizar os recursos. Mas nunca deve se restringir a isso. Empoderar-se do processo significa construir um perfil de profissional que seja crítico, reflexivo e tenha a capacidade de contribuir nos processos políticos da tomada de decisão”, completa.


Aluna: Camily Barbosa Sousa 

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